Combustível da Fórmula 1 poderá custar até R$ 1.700 por litro em 2026

A partir de 2026

Combustível da Fórmula 1 poderá custar até R$ 1.700 por litro em 2026

A Fórmula 1 está prestes a dar um passo decisivo rumo à sustentabilidade com a adoção de combustíveis 100% sintéticos a partir da temporada de 2026. A iniciativa, liderada pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo), busca reduzir drasticamente as emissões de carbono da categoria. No entanto, o alto custo dessa nova tecnologia acende um alerta entre as equipes.

O que são combustíveis sintéticos?

Os chamados e-fuels são produzidos a partir de dois principais componentes:

  • Hidrogênio verde: obtido por eletrólise da água utilizando energia renovável.
  • CO₂ capturado: proveniente da atmosfera ou de processos industriais.

O resultado é um combustível que pode ser usado em motores de combustão interna com emissão líquida de carbono próxima de zero. Ele é visto como uma solução para manter os motores a combustão funcionando de forma mais limpa, sem a necessidade de eletrificação total.

Quanto vai custar?

Segundo estimativas, o custo do novo combustível pode chegar a US$ 300 por litro, o equivalente a cerca de R$ 1.700. Atualmente, os combustíveis usados na F1 custam entre US$ 22 e US$ 33 por litro.

Com o novo combustível, cada equipe poderá gastar entre US$ 80 mil e US$ 100 mil por fim de semana de corrida, apenas com combustível. Esse valor representa entre R$ 450 mil e R$ 565 mil, um impacto que preocupa principalmente as equipes menores, que contam com orçamentos mais limitados.

Importante destacar que esses custos não entram no teto orçamentário da F1, mas ainda assim exigem equilíbrio para que a competição se mantenha viável para todos os times.

A FIA tenta reduzir os custos

Para contornar o impacto financeiro, a FIA estuda padronizar componentes do combustível, permitindo que as fornecedoras trabalhem com ajustes mínimos na fórmula. A ideia é preservar a inovação, mas com controle de custos e maior equilíbrio técnico entre as equipes.

Desempenho em jogo

A composição do combustível pode interferir diretamente:

  • No desempenho dos motores
  • Na eficiência térmica
  • E até na estratégia de corrida

Essa variável adiciona mais uma camada de complexidade à já acirrada disputa da Fórmula 1, levantando dúvidas sobre a equidade esportiva, especialmente se determinadas fornecedoras conseguirem desempenho superior com seu combustível sintético.

A introdução dos combustíveis sintéticos na F1 em 2026 representa um marco para a indústria automobilística e para o esporte a motor. Ainda que os custos iniciais sejam altos, o movimento pode acelerar o desenvolvimento e a adoção desses combustíveis também na mobilidade urbana no futuro.

A F1 aposta em ser uma vitrine tecnológica, mas para isso, precisará encontrar o equilíbrio entre sustentabilidade, competitividade e viabilidade financeira.