Enquanto 1 em cada 4 carros vendidos no mundo já é elétrico, o Brasil ainda engatinha: entenda por quê

O Mundo Abraça os Carros Elétricos, e o Brasil? Correndo por Fora.
Os números de agosto de 2025 mostram um cenário claro: a revolução dos carros elétricos é um caminho sem volta. Globalmente, quase 1 em cada 4 veículos novos vendidos já pode ser recarregado na tomada (híbrido plug-in ou 100% elétrico), com os modelos puramente elétricos (BEV) abocanhando uma fatia impressionante de 18% do mercado.
Enquanto isso, no Brasil, esses mesmos carros 100% elétricos representam apenas 3,6% das vendas. Embora o crescimento no país seja sólido, com recordes sendo batidos mês a mês, ainda estamos distantes do ritmo global. Mas o que explica esse descompasso e o que o futuro reserva para o mercado nacional?

A China Dita as Regras, com a BYD no Trono
Para entender a força da eletrificação, basta olhar para a China. O país asiático domina o cenário, com sete das dez maiores fabricantes de eletrificados do mundo. ABYDreina soberana, sendo responsável por incríveis 20% de todos os carros elétricos e híbridos plug-in vendidos no planeta em agosto. A Tesla aparece na segunda posição, com 8,9% de participação.
Esse domínio chinês não só impulsiona os números globais, mas também começa a influenciar diretamente o Brasil, com a chegada de novas marcas e uma maior oferta de modelos.
Brasil: Crescimento Sólido, Mas com Freios Puxados
Apesar da distância para a média global, o cenário brasileiro é otimista. Em agosto, o país bateu um novo recorde de vendas de carros elétricos puros, com 7.624 unidades, e a projeção é fechar 2025 com mais de 200 mil eletrificados vendidos, o melhor ano da história.
No entanto, três fatores principais seguram uma aceleração maior:
- Preço e Oferta: A maioria dos modelos ainda é importada, o que eleva os custos.
- Infraestrutura de Recarga: A rede de carregadores está crescendo, mas ainda não se compara à de mercados mais maduros.
- Falta de Incentivos: Políticas de subsídios e incentivos fiscais ainda são pontuais, diferentemente da Europa e China.
A chegada de novas marcas chinesas, como BYD e GWM, além de outras como GAC, MG e Leapmotor, é a grande aposta para popularizar os modelos, aumentar a concorrência e pressionar as fabricantes tradicionais a acelerarem seus planos de eletrificação no país.