Tragédia em Santa Catarina: balão pega fogo no ar, mata 8 pessoas e levanta alerta nacional
No dia 21 de junho de 2025, o Brasil presenciou uma das maiores tragédias envolvendo balonismo da sua história recente. Um balão de ar quente com 21 pessoas a bordo pegou fogo durante um voo turístico em Praia Grande (SC), resultando na morte de 8 pessoas e deixando 13 feridos.

O acidente chocou o país e levantou questões sérias sobre a segurança da prática no Brasil.
O que causou o acidente?
Segundo os relatos iniciais, o incêndio teria sido provocado por um maçarico reserva que pegou fogo dentro da cesta do balão. A suspeita é que tenha havido falha no sistema de combustível ou queda do equipamento, o que causou a combustão descontrolada.
O piloto agiu com rapidez, iniciou uma descida de emergência e orientou os passageiros a saltarem do balão. Alguns conseguiram se salvar com ferimentos, mas outros infelizmente morreram carbonizados ou ao cair de grandes alturas.
Por que um balão cai?
Um balão pode cair por diversos motivos. Os principais são:
- Falha no sistema de queima: o balão se mantém no ar graças ao ar quente gerado por maçaricos. Qualquer falha pode comprometer a sustentação.
- Fogo na cesta: como no caso de Santa Catarina, o fogo fora de controle compromete a estrutura e obriga pouso forçado ou abandono da aeronave.
- Mudanças climáticas súbitas: ventos fortes, tempestades ou correntes descendentes podem tornar o voo perigoso.
- Erros humanos: falhas na operação, como excesso de carga, uso incorreto dos controles ou falta de manutenção adequada.
Balonismo é seguro?
Apesar da tragédia, o balonismo é considerado uma atividade de baixo risco quando praticada com empresas regulamentadas e pilotos experientes. Globalmente, o número de acidentes fatais é muito inferior ao de outros esportes aéreos.
No entanto, no Brasil, a prática ainda enfrenta desafios regulatórios. A ANAC proíbe voos turísticos não regulamentados desde 1998, mas muitos operadores continuam atuando sem licença ou fiscalização, o que aumenta o risco de acidentes.
Histórico de acidentes com balões no Brasil
Infelizmente, o acidente em Santa Catarina não foi um caso isolado:
- Boituva (SP), junho de 2025: uma jovem de 27 anos morreu ao cair de um balão durante o pouso.
- Boituva, 2022: 1 morto e 11 feridos após falha na decolagem.
- Pocinhos (PB), 2019: dois balões colidiram no ar, resultando em feridos.
A maioria desses casos envolve empresas não certificadas ou voos em condições adversas.
Como é a regulamentação do balonismo?
O balonismo é considerado uma atividade aérea esportiva e turística, e precisa obedecer às normas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Para operar legalmente, uma empresa deve:
- Ter autorização da ANAC;
- Ter pilotos com licença específica (PCA-Balonismo);
- Manter inspeções regulares dos equipamentos;
- Operar em zonas de voo permitidas e seguras.
Infelizmente, muitos voos acontecem fora dessas regras, o que compromete a segurança de passageiros e tripulação.
O que pode mudar após a tragédia?
O acidente reacende a discussão sobre a urgente regulamentação do balonismo no Brasil. Especialistas pedem:
- Criação de um marco legal claro, com exigências rígidas de segurança;
- Fiscalização ativa da ANAC e Ministério do Turismo;
- Campanhas educativas para que turistas saibam identificar operadores autorizados.
A tragédia em Praia Grande expõe um problema grave e evitável: a falta de fiscalização e a atuação clandestina de empresas de balonismo. Embora o voo de balão seja uma das experiências mais belas do turismo de aventura, ele só é seguro quando segue protocolos rigorosos.
É essencial que o Brasil avance na regulamentação, fiscalize com rigor e evite que novas famílias enfrentem tamanha dor.