Bolha automotiva nos EUA: dívidas chegam a US$ 1,6 trilhão, retomadas disparam e risco de recessão aumenta

A dívida de carros nos EUA passa de US$ 1,6 trilhão, com inadimplência e retomadas em alta. Especialistas veem risco de uma nova crise ao estilo de 2008.

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por Muniz
Bolha automotiva nos EUA: dívidas chegam a US$ 1,6 trilhão, retomadas disparam e risco de recessão aumenta
Imagem: Car and Driver

A dívida de automóveis nos Estados Unidos alcançou US$ 1,66 trilhão (R$ 9,1 trilhões), um recorde histórico impulsionado por veículos mais caros, financiamentos mais longos e taxas de juros elevadas. O peso sobre as famílias já gera inadimplência e retomadas em níveis críticos — cenário que lembra os sinais da crise de 2008. Para acompanhar o impacto global, veja também a editoria de Mercado Automotivo.

Carros mais caros e contratos mais longos

O preço médio de um carro novo nos EUA atingiu US$ 50 mil, com parcelas típicas de US$ 745. Quase 20% dos compradores já assumem prestações acima de US$ 1.000. Para viabilizar o pagamento, bancos esticaram prazos de até 7 ou 8 anos. Apesar de aliviar a parcela mensal, o consumidor paga muito mais em juros.

Exemplos de impacto no Brasil e em montadoras globais: Tarifas de Trump já causaram prejuízo bilionário à Volkswagen e reduziram lucro da GM em US$ 1 bi.

Pressão nos usados e inflação automotiva

A crise dos semicondutores deu início à escalada de preços, mas mesmo com a normalização, montadoras mantêm estoques reduzidos para sustentar margens. O reflexo chegou ao mercado de seminovos, que subiram mais de 6% em 2025. Quer ver como marcas emergentes avançam no Brasil? Confira o BYD Dolphin Plus com 5 estrelas no Latin NCAP.

Inadimplência severa e retomadas em alta

Os atrasos acima de 90 dias são os maiores desde a pandemia. Entre 2022 e 2024, as retomadas de veículos cresceram 43%, chegando ao maior nível desde 2009. Jovens de 18 a 29 anos lideram a transição para inadimplência crônica. A realidade americana ajuda a entender tendências também no Brasil: roubos e furtos de carros mostram como risco e crédito se cruzam.

Fraudes no financiamento e fiscalização fraca

Muitos contratos incluem juros inflados e serviços não autorizados, como seguros e garantias. A fiscalização perdeu força, deixando consumidores mais vulneráveis. Enquanto isso, montadoras seguem expandindo: a Ford investe US$ 40 milhões na Argentina para ampliar a produção da Ranger.

Risco sistêmico: quando perder o carro significa perder renda

Nos EUA, possuir carro é requisito para trabalhar, estudar e acessar serviços básicos. Perder o veículo pode gerar um efeito em cadeia, reduzindo renda, consumo e crédito. Se a “bolha do carro” estourar, o risco é de recessão. No Brasil, veja como se preparar para os custos: IPVA RJ 2025, IPVA SP 2025, Calculadora de IPVA e Licenciamento SP.

Conclusão

A dívida de carros nos EUA já ultrapassa US$ 1,6 trilhão e acende um alerta global. Quer acompanhar os próximos passos da indústria e políticas que impactam preços? Acesse todas as notícias e nossa editoria de Mercado.

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